Mostrando postagens com marcador PC. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PC. Mostrar todas as postagens

18 de mai. de 2011

Empresa lança "Super PC" de R$ 65 000

O HPC pode ter configuração com potência de até 4 teraflops – 100 vezes a de um PC comum.


A SMB-Sunset, empresa integradora de sistemas e soluções de tecnologia, anuncia que irá trazer ao mercado brasileiro o primeiro supercomputador pessoal equipado com processadores Tesla C2050 e C2070, da NVIDIA. A tecnologia, até então restrita a supercomputadores de grande porte, como o chinês Tianhe-1A, número um do mundo no ranking Top 500, agora está disponível aos pesquisadores brasileiros numa versão de uso pessoal. O HPC Box será comercializado sob encomenda em todo o país com preço estimado de R$ 65 mil em sua configuração máxima  (com quatro processadores Tesla).  
“Esses supercomputadores possuem em média 100 vezes mais poder de processamento quando comparados à configuração máxima de um PC. Com isso, o pesquisador poderá rodar simulações iniciais e acelerar o tempo de conclusão do seu projeto, utilizando o equipamento central da universidade apenas para rodar uma grande quantidade de dados”, diz Arnaldo Tavares, gerente de vendas da NVIDIA para a linha Tesla para o Brasil e Cone Sul.
superPC_Nvidia
PC é 100 vezes mais potente que um comum
Entre as áreas de pesquisa que geram milhões de dados e necessitam de máquinas com alto desempenho estão: sequenciamento genético, dinâmica de fluidos (indústria de manufatura), meteorologia, análise sísmica (perfil do uso do solo, exploração de petróleo e gás), entre outras. 
“O pesquisador pode adquirir o equipamento utilizando recursos de sua bolsa de pesquisa. Pretendemos negociar pelo menos 50 destes supercomputadores e colocá-los nomercado brasileiro ainda este ano. Já para 2012 a meta é comercializar outras 100 máquinas”, diz Edouard Kutchukian, diretor de tecnologia da SMB-Sunset.
Cada GPU (unidade de processamento gráfico) da linha Tesla da NVIDIA é capaz de gerar um poder de processamento de 1 teraflop, o que equivale a 1 trilhão de cálculos por segundo. É possível disponibilizar até 4 teraflops (quatro trilhões de cálculos por segundo) no modelo. Para comparação, o supercomputador que figurava como número 1 do mundo há 10 anos possuía praticamente o mesmo poder de processamento: 4.9 teraflops. 
IDG

2 de mai. de 2011

Facilidade de atualização e processamento “parrudo” seguram vendas de PCs de mesa

Desktops perdem espaço para netbooks e tablets, mas ainda atraem consumidores.

A mobilidade dos notebooks, netbooks, smartphones e tablets estão cada vez mais tirando de cena os computadores pessoais. 

De acordo com estudo divulgado pelo Gartner, um dos principais institutos de consultoria e pesquisas na área de tecnologia, pela primeira vez, desde 2009, quando a crise mundial atingiu o poder de compra dos consumidores, a venda dos desktops caiu mundialmente. Já a as vendas dos móveis, especialmente os tablets, devem fechar este ano US$ 29,4 bilhões, contra os US$ 9,6 bilhões de 2010.

Os números do Gartner referem-se aos três primeiros meses de 2011. Segundo a instituição, entre janeiro e março deste ano foram comercializadas 84,3 milhões de unidades de desktops, número 1,1% menor do que o mesmo período de 2010.

Para Mikako Kitagawa, um dos analistas da consultoria, os preços baixos das máquinas, que antes eram motivo de compra, já não atraem mais os consumidores, que estão com os olhares voltados para os dispositivos móveis, principalmente com o crescente mercado de tablets.

Baixa atividade no segmento de consumo, em meio à contenção de gasto dos consumidores, e também a concorrência dos tablets, foram listados pelo Gartner em sua análise sobre as vendas de PCs. A queda do trimestre pode ser recuperada com a demanda das empresas, já que centenas de companhias estão atualizando seus equipamentos.

Apesar da queda mundial de vendas - nos Estados Unidos a Acer comercializou 16,1 milhões de computadores, o que representa 6,1% a menos em relação a 2010 – a América Latina ainda não entrou no mapa dessa baixa no consumo.

Como justificativa, equipes do Gartner citam que o Brasil foi um dos países que contribuíram para o crescimento de vendas, entre outros da América Latina. Dos principais fabricantes, apenas Lenovo e Toshiba tiveram números positivos em relação à venda de PCs: a primeira chegou à marca dos 8,13 milhões de desktops vendidos, cerca de 16,6% a mais que o ano passado, e a segunda, 4,8 milhões de unidades, que representa alta de 5,13% em comparação ao ano anterior.

Vida longa e alta performace
Desde o surgimento dos primeiros desktops, e principalmente com a chegada e a promessa de mobilidade dos notebooks, a intenção é aprimorar as configurações a ponto de deixá-los cada vez mais atraentes, potentes e multifuncionais.

Entre alguns dos itens que fizeram e fazem diferença entre uma categoria e outra estão o processamento gráfico, com placas de vídeo e áudio, e os periféricos como mouse, caixas de som e teclado. Apesar de existirem no notebook, tais acessórios para desktop são mais anatômicos e muitas vezes têm melhor desempenho.

Os periféricos também são um dos motivos para o designer gráfico Nizam Júnior, que tem notebook e netbook, não abrir mão do computador de mesa.

– Não troco o PC por nenhum portátil. O notebook está na moda e é prático, mas para uso profissional não há como abandonar o desktop. No meu trabalho, preciso de tela ampla, teclado e mouse com muita precisão, que não dá para conseguir em um portátil. Além disso, a vida útil do PC de mesa é muito maior.

A publicitária Danielle Campos admite que não consegue mais trabalhar sem um notebook pela mobilidade que ele permite, já que ela tem que visitar clientes e, muitas vezes, as informações precisam andar com ela o tempo inteiro.

– As vantagens de um computador portátil é que meus projetos estão sempre à mão, não preciso ficar indo e vindo do escritório. Mas assumo que não desfaço do meu computador pessoal pelo poder do seu processamento.

Mesa ganha em versatilidade
De acordo com Heloísio Mourão, o professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC-UFMG), a queda mundial de venda de desktops pode ter acontecido por dois motivos. Um deles é que a onda de tablets ainda não é tão forte no Brasil, já que a americana Apple, que inaugurou o primeiro modelo da categoria, e suas concorrentes, como Samsung e Motorola, estão chegando aos poucos ao mercado nacional.

– A Apple fez o lançamento oficial do iPad apenas em dezembro do ano passado, nove meses depois dos Estados Unidos. A Samsung encostou nas datas, e a Motorola fez o lançamento recente. Não dá para atrapalhar as vendas de desktops nesse período curto de adaptação.

Para o especialista, o segundo motivo são as possibilidades que o desktop oferece, que geralmente não estão presentes em um notebook, muito menos em smartphones ou tablets, e o costume de usar uma máquina “fixa”, principalmente para ambientes de trabalho.

– Hoje, existem notebooks com as mesmas capacidades de um desktop, porém, custam muito caro. Além disso, os computadores de mesa podem ser montados de acordo com as necessidades de cada usuário, o que confere uma versatilidade maior do que os dispositivos móveis, que vêm prontos e com configurações já determinadas.

Entre outras vantagens que um computador pessoal oferece em relação a notebooks, netbooks e tablets, frisa Mourão, estão a possibilidade de fazer upgrades, ou seja, atualizações da máquina de acordo com a necessidade de memória, processamento gráfico e outras configurações.

Principalmente entre profissionais que ainda precisam da robustez e alto desempenho de uma máquina, os desktops ainda são preferidos, de acordo com o professor.

Na rede de lojas de informática Info 2, em Belo Horizonte, a demanda por desktops continua, de acordo com o vendedor Helbert Rodrigues. Ele explica que principalmente quando se trata de clientes cuja intenção é usar a máquina para trabalho, a preferência continua sendo pelos computadores de mesa, uma vez que esse tipo de equipamento tem maior resistência e permite modificações. 

– Em um notebook, o máximo que pode ser feito é a expansão da memória. O que ainda assim exige um processo complexo e arriscado.

Rodrigues ressalta que a queda na venda de desktops citada pelo Gartner pode ser explicada pela grande aceitação de notebooks como alternativa aos equipamentos fixos.

– Isso já acontece, por exemplo, em escolas. Então, mesmo se o estudante tem um desktop em casa, ele vai preferir comprar um notebook para levar à sala de aula a renovar o equipamento que já possui.