17 de nov. de 2010

Amazon lança seu próprio estúdio de cinema

Loja virtual vai oferecer total de R$ 4,65 milhões para melhores propostas de filmes.

A livraria on-line Amazon decidiu lançar seu próprio estúdio de cinema e convidou cineastas e roteiristas a submeter seus projetos para avaliação e futura realização.

A empresa lançou, nesta quarta-feira (17), um site que permite aos aspirantes a cineasta submeter roteiros e filmes que podem terminar na telona.

A Amazon anunciou que vai oferecer um total de R$ 4,65 milhões (US$ 2,7 milhões) para as melhores propostas recebidas até 31 dezembro de 2011 e que irá transformar os melhores projetos em longas-metragens, dentro de um acordo de parceria com a Warner Bros. 
 
Roy Price, diretor de desenvolvimento de produtos digitais da Amazon, disse que os filmes devem ter mais de 70 minutos de duração e propor "tramas imaginativas, bem interpretadas, com som de qualidade".

A Amazon Studios já selecionou cinco projetos-teste, que podem ser conferidos no site studios.amazon.com/getting-started.

Os filmes serão testados junto ao público para obter reações desde o início do processo. A Warner Bros. terá primeiro direito sobre todos os filmes, mas a Amazon poderá procurar outros estúdios caso a parceira rejeite projetos. A Time Warner não comentou o assunto.

A loja virtual Amazon, que vende uma grande variedade de produtos e oferece um serviço de filmes e programas de TV online em formato stream (vídeo em tempo real), enfrenta intensa competição de rivais, como a Netflix, que está tentando dominar o mercado de locação online de filmes.

Enquanto isso, a Apple TV, que oferece locações via Amazon, e o Google TV lutam para obter acesso a programas originais.

Em agosto, por exemplo, a Netflix fechou acordo exclusivo no valor de R$ 1,72 bilhão (US$ 1 bilhão) com o canal de TV paga Epix, pelos direitos online aos filmes de três estúdios - Paramount, da Viacom; Metro-Goldwyn-Mayer Studios; e Lions Gate Entertainment, a proprietária do Epix.

Segundo Colin Gillis, analista da BGC Partners, a experiência da Amazon na venda de produtos físicos, como livros e discos, não se repete na distribuição digital. Para ele, a empresa "precisa começar a recuperar o terreno perdido; oferecer conteúdo original é um caminho".


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